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  • Contato Brasil, 18 de abril de 2024 20:47:16
Genésio Jr.
  • 18/12/2016 12h45

    Uma semana maluca!

    Foi a semana em que o Governo do Presidente Michel Temer quase tombou, ficou em frangalhos, voltou a respirar e terminou arfando fora dos aparelhos

    Michel Temer e a sombra de Nélson Jobim marcaram a semana( foto: folha/uol)

    (Brasília-DF)  A segunda semana do mês de dezembro talvez tenha sido uma das mais tensas do mundo político no ano de 2016.

    Muito provavelmente se junte a semana do dia 17 de abril(aprovação da admissibilidade do Impeachment, pela Câmara)e até mais do que a do dia 31 de agosto(Senado aprova o Impeachment de Dilma Rousseff). 

    Foi a semana em que o Governo do Presidente Michel Temer quase tombou, ficou em frangalhos, voltou a respirar e terminou arfando fora dos aparelhos. Só um governo com forte apoio parlamentar poderia sobreviver a esses dias que começaram no domingo, 11 de dezembro, e se seguiram até a sexta-feira,16.  Certamente, quando terminar o mandato do Presidente Michel Temer, ele irá refletir sobre os solavancos mortais por qual viveu.

    A delação do ex-diretor de relações institucionais da Oderbercht, Cláudio Melo Filho, fez um estrago profundo no Palácio do Planalto, que foram confirmadas pelo ex-presidente da empresa, Marcelo Oderbrecht. Os nomes fortes do Planalto estavam em farrapos, Eliseu Padilha e Moreira Franco. A economia estava anímica e ainda tinha o rescaldo da crise entre o Judiciário e o Legislativo.

    A política precisa de palcos. A sociedade vê as disputas no Congresso, uma palácio de cristal onde tudo se olha; os duelos no Supremo Tribunal Federal, empolgantes mesmo sem o carisma dos políticos. Num governo parlamentar, existem outros palcos. As ante salas do poder. O restaurante Piantella, famoso na capital federal, que foi palco de grande articulações durante a mais recente redemocratização foi reaberto no início de dezembro, viu andar entre suas mesas um José Sarney redivivo, face aos movimentos que salvaram Renan Calheiros na disputa com Marco Aurélio Mello, e depois viu circular, altaneiro, o ex-deputado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Nélson Jobim, que também foi ministro de Estado nos governos de FHC e de Lula. 

    Jobim “apareceu do nada” e todos viram em seus movimentos uma ação para ocupar a Presidência  da República. Alguns arriscavam dizer que seria um acordão de PT e PSDB para levar o País até 2018 em um possível governo Pós-Temer. Apuramos e outros confirmaram que Jobim chegou a estar com Temer. As principais lideranças nordestinas ficaram perplexas e assustadas, pois não estavam sendo convidadas para este novo acordão.

    Tudo isso meus caros, que nos acompanham por aqui, se deu entre terça-feira, 13, e quinta-feira,15.  O mundo caiu e se levantou. Por que se levantou?!  Se levantou pois os que bancam os políticos, que são os agentes econômicos mais robustos, e isso fica mais claro num grave crise econômica, não se mobilizaram para tal. O mundo caía e se levantava e os mercados, tanto bolsa como mercado de câmbio - não se alteraram. O mercado recebia informações de que isso se dava, coisa que não saía em jornal, porém sabia que o suporte parlamentar dado a Temer se mantinha forte.

    A elite política nordestina, mineira e paulista, que é o que proeminente na política brasileira, mesmo abaladíssima com a Lava Jato, dava suporte a Temer e seu mezzo Governo.

    A crise da delação da Oderbrecht deve se voltar com força total para os Estados.  Os muitos ex-diretores espalhados pelo Brasil  terminaram de falar na Lava Jato e as luzes vão se voltar para além Brasília.  Preparem-se. Vamos agora ver quem são os fortes, além da Capital Federal!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: [email protected]  

     

     


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