(Brasília-DF) Tivemos uma semana daquelas para o poder e os poderosos! 

Só para o leitor ter uma ideia, tivemos às explosivas votações na Câmara e Senado. No Supremo Tribunal Federal testemunhamos decisão incandescente, mas antes, nas ruas, vimos, um evento às portas do Congresso Nacional e que destruiu(!) a famosa beleza da Esplanada dos Ministérios.

Mundo afora tivemos a “caminhada” de retorno dos restos mortais de Fidel Castro na Ilha. Nos Estados Unidos, vimos o presidente eleito Donald Trump anunciar o general reformado da Marinha,  James Mattis , conhecido como “Cachorro Louco" porque é do tipo linha-dura. Os europeus passaram a semana lidando com a informação que reporta a intensa preocupação da chanceler(conservadora) Angela Merkel, da Alemanha, com o Trump e as questões ambientais e com o “verdadeiro anúncio” de que o socialista presidente francês François Hollande não será candidato à reeleição ano que vem.

É muita confusão para este final de novembro e início de dezembro! O ano que nunca acaba , só nos assusta.

Em verdade, para nossas bandas nordestinas temos algo de relevante. Nessa semana, também, tivemos nova rodada de governadores no Planalto para tratar de temas federativos, especialmente envolvendo recursos de repatriação além de compromissos com austeridade e reforma previdenciária.  Governo Federal e os estaduais, os nordestinos acabaram sendo determinantes nisso, tentaram limpar a fachada de ilusões que acabaram vendendo e o mercado precificou. Ficou ruim para o Governo Federal passar a ideia de que estava chantageando os Estados, e os mesmos não queriam perder o discurso interno ao tempo que não poderiam passar como vendidos.

O Governo Federal sabe que só vai começar a vencer a onda de seguidos anúncios de PIB negativo se conseguir avançar e permitir que as economias dos Estados também avance.  Os anos de crescimento do Nordeste acima da média nacional é uma prova que a economia dos Estados é importante para o PIB.  À nível de Brasil, o crescimento do Estado do Rio de Janeiro e da cidade do Rio de Janeiro também ajudou a economia nacional.

O Presidente Temer ao mandar tratar bem os governadores nordestinos, às portas de uma viagem relâmpago que irá fazer na região faz um toma-lá-dá-cá que tende a surtir algum efeito. Percebe-se como vivemos um momento de dúvida se o novo governo terá condições de tocar o País até 2018. O receio do Presidente Temer em suas andanças em Chapecó(SC) foram flagrantes. Ele sabe, experiente que é, que manifestações contra ele num momento como esse em que o Congresso Nacional ficou muito exposto face as manobras para controlar o Ministério Público e parte do Judiciário não seriam bem vindas para seus propósitos.

Ele deseja chegar ao Nordeste neste mês de dezembro e escapar de vaias. Dificilmente, ele escapará, mas os governadores não devem colocar combustível nessa fogueira.  Eles sabem que o pragmatismo recomenda ter prumo num momento em que, se o Governo Federal desandar de vez, eles próprios irão para o vinagre.  A militância das oposições quer a exposição total do Governo Federal que está tendo dificuldades de fazer a economia andar melhor, tem a seu favor os movimentos conservadores que pautam seus procedimentos pela Lava Jato. Um quadro incalculável

Dezembro promete emoções contraditórias.

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

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