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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 11/06/2018 14h40

    O fim de semana do descanso

    Não busquemos milagres ou facilidades. Creio que a ação está ligada exatamente ao que fizemos

    Nem tudo é dinheiro no bolso ou cartão de crédito sem limite para gastos/Arquivo/Chega de Livros?

    A semana termina com um saldo de cansaço. A greve dos caminhoneiros tirou o sono de muita gente e animou outro bocado. O sábado é de avaliar, de fazer o rescaldo e de ficar de olho nas bombas de combustíveis.

    O abastecimento é precário, mas informa-se que tudo voltará ao normal nos próximos 15 dias. É preciso um pouco de descanso, porque a próxima semana não será diferente com sobressaltos num país conflagrado por ideias e opiniões.

    Infelizmente, a rede da mentira não para. Até na Alemanha essa praga é real. Último exemplo: a notícia de que animais selvagens teriam escapado de zoológico durante tempestade causa apreensão entre moradores da região do Eifel. Mas eles não deixaram o local. Somente um urso que fugiu do cercado foi abatido.

    Há muita coisa interessante acontecendo no Brasil, pois nem tudo é só desgraça. Há muita gente boa que pesquisa, realiza e transmite. É preciso levar isso em conta quando fazemos uma pausa neste final de semana para o descanso sagrado.

    Minha pequena contribuição é sugerir a leitura de livros e nesta linha aponto “A décima terceira história”, de Diane Stterfield. É uma publicação que já tem mais de dez anos, mas contribui para passar o tempo a partir de um texto robusto e profundo. Para quem sofre as agruras das finanças aos frangalhos, como eu, a leitura sempre é bem-vinda.

    A falta de dinheiro faz com que a gente se adapte ao tempo e às dificuldades. Andar, correr, pedalar, sentar na praça ou brincar com o cachorro ou com os filhos é um programa interessante e sadio, pois nem tudo na vida se faz com a grana no bolso ou com um cartão de crédito sem limite. É preciso ter um olhar otimista, menos consumista, sobre seu círculo, mesmo quando o que se passa ao seu redor pareça ser negativo e frustrante.

    Não busquemos milagres ou facilidades. Creio que a ação está ligada exatamente ao que fizemos individualmente, sem passar responsabilidades adiante.

    Precisamos nos sentir bem, sem muita pressa, como descreveu o personagem do livro de Diane Stterfield: “Do lado de fora, um azul radiante, sem nuvens, estendia-se por todo o horizonte ...era como se meses longos e dias encobertos a luz tivesse acumulado por trás das nuvens, e agora, que as nuvens haviam ido embora, nada pudesse impedi-la de jorrar, encharcando-nos de claridade por pelo menos duas semanas...”


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