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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 11/12/2017 19h06

    O exército que se aproxima

    As redes sociais se tornaram um terreno fértil para a manipulação da verdade na política

    Perfis falsos turbinam o debate cada vez mais baixo na política partidária/Arquivo/Reprodução

    As eleições presidenciais nos Estados Unidos, na França, no Chile, na Alemanha e a legislativa na Áustria - só para citar as mais recentes -, viveram um novo fenômeno que entrou no cardápio da política partidária. Trata-se de perfis falsos para turbinar candidatos ou difamar adversários que, junto com robôs, hackers e notícias falsas, potencializam o debate para pior.

    Barack Obama, na sua primeira campanha presidencial, utilizou largamente as redes sociais como ferramenta de divulgação de seu nome e de suas ideias. Desde àquela época, a Grande Rede da Internet evoluiu (ou evoluiu, como queira). E o número de usuários deu um salto de milhões.

    Nas eleições partidárias municipais de 2016, os brasileiros experimentaram um pouco do veneno da manipulação da verdade, os chamados “fake news”. É de se esperar que no ano que vem o jogo será bem mais bruto.

    Algo que já foi possível perceber no embate presidencial de 2014. Naquela época as coordenações de campanha já utilizaram escritórios especializados em redes sociais para amplificar verdades e mentiras.

    As eleições recentes para a presidência do Flamengo dão uma ideia de como esse recurso de falsos perfis pode ser utilizado. Reportagem da BBC Brasil mostrou um ninho de falsos perfis que se alastrou para a campanha flamenguista.

    Muitos desses perfis já tinham sido usados na campanha presidencial há três anos. O caso foi desmascarado numa guerra onde o baixo nível foi uma marca registrada.

    A BBC conta que quando os fakes da Chapa Verde começaram a ser descobertos, o "Arqueiro Rubro" entrou na jogada. Era um perfil criado para denunciar os perfis falsos que seriam ligados à chapa adversária, a Azul - ou seja, representava um contra-ataque dos fakes da Chapa Verde, que tentava acusar o lado rival de usar as mesmas armas que eles estariam usando. Na reta final de campanha, surgiram nas redes perfis fakes, em grande quantidade.

    Como as campanhas eleitorais já estão nas ruas – mesmo que o Tribunal Superior Eleitoral considere que não – é de se supor que este “exército”, usado na eleição do Flamengo, será comparado a um grupelho, dado os interesses que envolvem o próximo pleito geral no Brasil.


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