• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 29 de março de 2024 05:36:40
Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 04/10/2017 20h23

    O mundo pós-Globo

    O mundo se transforma e, assim como há o apogeu, a própria natureza cria o declínio, a decadência

    A maior rede de televisão do Brasil encontra rival acima da média/Arquivo/WSDG

    Rede Globo por muito tempo ditou o comportamento do público brasileiro. Sua influência foi notória através das novelas, dos programas artísticos e, naturalmente, do telejornalismo. A Vênus Platinada foi acusada de tudo e por muitos. De derrubar ministros, influir em eleições e de até desagregar a tradicional família brasileira.

    A força de sua programação começou a perder força nos últimos anos, especialmente com as redes sociais. Seus executivos tiveram que readequar estratégias e suas estrelas partiram para a grande rede para potencializar sua participação no vídeo.

    Globo não é mais a mesma, assim como as coirmãs, as emissoras de canal aberto. A concorrência se estabeleceu com as tevês a cabo, com o acesso a canais alternativos e, agora, com a multiplicação de mídias acessíveis no celular.

    A esquerda brasileira ainda elege a Globo como a grande vilã de todos os males, da política ao golpismo, da geração de “apedeutas” à falta de educação e cultura.

    O mundo se transforma e, assim como há o apogeu, a própria natureza cria o declínio, a decadência, a derrocada. Esse processo já está em curso.

    Sorte de quem definiu a Globo como seu inimigo. Entretanto, desconhece que há algo muito maior se construindo num mundo virtual que galopa numa velocidade extraordinária.

    As novas gerações não assistem mais televisão. Adolescentes preferem tablets. Crianças curtem o celular, o iPhone e outras parafernálias que permitem ver desenhos, filmes e jogos no quarto, no banheiro, no shopping. Trocam informações, navegam para redes sociais que só eles conhecem e compartilham produtos com mensagens subliminares.

    Na onda gigante desse tsunami, soma-se os efeitos da pouca leitura, da falta de opinião e dos robôs que agregam funções e já “conversam” como se fossem gente. O espaço-tempo desta transformação avassaladora está em curso destruindo a ética, a cultura tradicional e mascara o livre arbítrio.

    Milhões de informações que estas novas gerações (e até mesmo quem é frequente usuário da internet na atualidade) não processa, não seleciona e, por consequência, não consegue separar e selecionar provocando estragos para uma visão crítica de mundo.

    Para os saudosistas, a Globo terá sido apenas um vendaval na lavagem cerebral diante de um novo inimigo do tamanho de um tufão, de um tornado, de um furacão e por fim de um ciclone.


Vídeos
publicidade