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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 09/06/2017 09h34

    Hoje é 9, mas poderia ser sexta-feira 13

    Absolvição, grandes acordos, a briga das gangues que assaltaram a República e o julgamento no TSE

    Somente a mobilização popular é capaz de barrar o grande acordo/Arquivo/FarejaPet

    Sexta-feira, 9 de junho. O dia em que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral foram dançar quadrilha junina. Depois de dois anos e alguns meses e cinco dias de plenário, chega ao fim o processo contra a chapa Dilma-Temer. A absolvição agrada a troianos e mais aos gregos, com seu cavalo estacionado dentro no Palácio do Planalto.

    As cartas marcadas têm um desfecho surpreendente diante de tantas provas, ou como dizem os juristas, “robustas” da rapinagem e propina até num terceiro caixa, como disse o ministro Gilmar Mendes. Esse mesmo, aquele que com Dilma Rousseff no poder queria incluir provas e agora com Michel Temer, separou as provas e ficou com a peroração.

    Diante de um caso marcado, vamos a alguns pontos:

    01 – Michel Temer - enroladíssimo com a JBS -, e seus ministros envolvidos até o gargalo em graves denúncias, seguem com planos de ficar no Planalto até o dia primeiro de janeiro de 2019. Temer trabalha para formar um grupo capaz de lhe dar sustentação no Congresso Nacional, especialmente contra a eventual denúncia por crime do procurador-geral, Rodrigo Janot. Para afastar essa ameaça, bastam 170 votos na Câmara, que legalmente autoriza ou não o prosseguimento das investigações.

    02 – Neste momento, apesar do oba-oba do PT, as eleições diretas é um mero devaneio que esconde também outros interesses. Não há tempo para mudar a Constituição e somente um fato novo, muito novo e simbólico, é capaz de barrar o grande acordo político em curso.

    03 – No roldão do acordão, segue-se a tática de desqualificar a Lava Jato, a maior operação contra a corrupção que se tem notícia no Planeta.

    04 – A briga que se segue no âmbito da política é o resultado de desavenças e desentendimentos de quadrilhas que tomaram conta da República. Nessa batalha, peões e alguns chefes são abatidos, mas o acordão deve preservar o sistema. O mesmo sistema que arrota democracia, mas sabemos agora como é esta representatividade.

    05 – O abuso de poder econômico nas eleições não legitima o voto popular, é uma empáfia, uma mentira que o sistema reproduz. Voto popular pressupõe participação e igualdade nos embates. As campanhas eleitorais se transformaram num evento financeiro, um negócio que beneficia apenas o esquema de propina, a rapinagem.

    06 -  Somente a mobilização popular é capaz de barrar o grande acordo em andamento. É preciso também olhar para os estados, onde a política partidária virou um grande negócio dos partidos, uma grande salada de letras onde só cabe acertos espúrios.  

    07 – Por fim, a dita reforma política vai atender aos interesses dominantes. Não se espera novidades e altruísmo dos atuais congressistas.


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