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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 03/04/2017 09h54

    Quando todos trabalham para o “salve geral”

    Apesar das aparentes divergências, PT e PMDB e demais partidos partilham a mesma anistia

    Lula e Temer quando estavam do mesmo lado no governo/Arquivo/Plantão Brasil

    O PT e o PMDB (e outros partidos) estão mais próximos das ideias do que se imagina, assim como o presidente Michel Temer e os ex-presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff. Os três trilham o mesmo caminho, o da anistia ampla, geral e irrestrita.

    Unificam os discursos apesar das aparentes diferenças, o que leva a supor que já há um acordo consolidado para um projeto que dará uma roupagem legal ao passado. O ministro Gilmar Mendes do Tribunal Superior Eleitoral já disse, por exemplo, que caixa dois não é crime. Ah, bom.

    O salve geral alinha estratégias, como o voto em lista, considerar o caixa dois como um mero deslize moral ou jogar na lata de lixo todas as delações autorizadas e avalizadas pela Suprema Corte.

    A mais nova ideia compartilhada é o pedido que anula os depoimentos de delatores da Odebrecht ouvidos e que apontaram recebimento de caixa 2 pela chapa em 2014. Quem fez esse pedido foram os advogados de defesa do presidente Temer ao TSE.

    Temer afirma ainda que não houve "gravidade suficiente nas condutas" investigadas, nem mesmo para cassar um mandato de presidente: "Entende-se não ter havido gravidade suficiente nas condutas, especialmente para a desconstituição de mandato presidencial, devendo, por igual, haver a improcedência das demandas."

    Apesar dos argumentos minimizando as irregularidades relatadas em depoimentos, registra O Globo, a defesa também pede que as contas de campanha de Dilma e Temer sejam julgadas separadamente, já que, alegam os advogados, não há "rigorosamente nenhum apontamento" que comprometa Temer. Por isso, diz a defesa, a demanda deve ser julgada improcedente e o presidente deve ser mantido no cargo de presidente da República.


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