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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 19/12/2016 10h51

    Nabuco e a transição que todos falam

    Instituições que poderiam ajudar nesta passagem da História se omitem na discussão necessária

    Reprodução da imagem de Joaquim Nabuco, em 1902, diplomata de Pernambuco/Arquivo

    A poucos dias do Natal e a duas semanas do final do ano, os acontecimentos não dão descanso. A vida política segue num ritmo alucinante e temos a impressão que 2017 será uma sequência dos mesmos fatos de 2016, que foi uma sequência do ano anterior.

    Se na política sentimos um calafrio na espinha, na economia também não é diferente. O nosso bolso de cada dia está ficando menor. Para quem está sem emprego a situação beira ao desespero.

    Ouvi numa entrevista do Dias Tóffoli que a nossa sociedade apareceu depois do Estado e isso explicaria muita coisa. É provável que o ministro do Supremo Tribunal Federal tenha uma ponta de razão. Argumenta que há poucas entidades que discutem temas relevantes da sociedade, como as ONGs nos Estados Unidos.

    Este papel poderia ser ocupado pelos sindicatos e confederações de sindicatos. Quando muito - como se sabe -, o trabalho destas instituições sindicais se resume a manifestações salariais. Outras questões que envolvem a vida do trabalhador, como respeito à cidadania, são simplesmente ignoradas.

    O Brasil vive uma transição, aliás uma frase repetida por diversos ministros nos últimos anos. “O que está acontecendo no país é um processo de transição da teoria para a efetividade legislativa e judiciária. Neste novo cenário, os corruptos não têm espaço”, afirmou em 2014 o ex-ministro do STF, Ayres Britto.

    E por falar em transição, reproduzo a sugestão de Bruno Garschagen, em seu artigo “Joaquim Nabuco e a transição no Brasil”. Em tempo, Joaquim Nabuco foi diplomata e historiador que resolveu lutar contra o sistema escravocrata.

    “É fundamental que determinadas ideias sejam apresentadas e estudadas. E aqui vai minha dica: Joaquim Nabuco e seu livro “Minha formação”, de 1900”, sugere o jornalista.

    "Em vez do lamento improdutivo, Nabuco nos legou uma pequena joia autobiográfica (e a notável biografia do pai) na qual compartilha sua visão da política, da relação do indivíduo com a sociedade e com o poder constituído."


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