(Brasília-DF, 15/08/2018) O registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – preso na sede da Polícia Federal de Curitiba (PR) desde o dia 07 de abril – foi realizado na tarde desta quarta-feira (15) numa mobilização que reuniu cerca de dez mil simpatizantes ao petista na Esplanada dos Ministérios.

O registro da candidatura de Lula ocorre em meio a nova pesquisa que aponta ser ele o candidato preferido da maioria dos eleitores brasileiros e com impugnação da sua candidatura pela justiça eleitoral acontecendo até o dia 17 de setembro.

O petista foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em primeira e segunda instância, a 12 anos e um mês, por ser o proprietário do imóvel que ficou conhecido como o “triplex do Guarujá”. Entretanto, o referido imóvel – já leiloado pela justiça – jamais teve Lula como proprietário de fato inscrito na escritura do apartamento.

A sentença que condenou Lula nesta ação argumenta que o ex-presidente teria sido o real beneficiário do esquema de corrupção em alguns contratos da Petrobras com a empreiteira OAS. A aquisição do imóvel no litoral paulista seria uma compensação paga pela empresa baiana para conseguir os contratos junto à estatal petrolífera.

Diante da polêmica decisão judicial que por um lado é aplaudida pelos adversários do ex-presidente, como é criticada pelos aliados do petista, o registro da candidatura de Lula à Presidência da República parece ser uma estratégia para mobilizar o espectro da sociedade brasileira que anuncia a intenção de votar nele em 07 de outubro.

Levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas que foi divulgado hoje aponta que Lula têm cerca de 30,8% das intenções de votos, 08% a mais que o segundo mais citado, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro que teria 22%. Entretanto, quando o cenário eleitoral é visto sem a presença de Lula, seu provável substituto, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece apenas com cerca de 3,8% das intenções de votos.

A pesquisa realizada pelo instituto que surgiu após a “República de Curitiba” ganhar fama com as operações da Lava Jato virem à tona, mediu que a distribuição dos votos de Lula se espalhariam basicamente entre Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT). Com Lula, Marina teria 8,1% e Ciro, 5,9%. Sem Lula, a candidata ambientalista teria 13,2% e o candidato pedetista, 10,2%.

Neste cenário, o 2º turno se daria entre Bolsonaro e Marina Silva. Visto que o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) teria 6,6% no cenário com Lula e 8,5% na disputa sem Lula. O senador paranaense Álvaro Dias (Podemos) que com Lula possui 04% das intenções de votos, teria 4,9% no cenário sem Lula. Segundo o levantamento da Paraná Pesquisas o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, teria menos de 01% dos votos em qualquer cenário, com ou sem Lula.

Já o ex-PSOL, deputado Cabo Daciolo (Patriotas), que não tem 01% dos votos no cenário com Lula, aparece com 1,2% de votos na disputa sem Lula. O mesmo aconteceria com os candidatos João Amoedo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) que alcançariam respectivamente 1,1% e 0,9% no cenário sem Lula.

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