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  • Contato Brasil, 24 de abril de 2024 09:02:10
Humberto Azevedo
  • 25/10/2016 19h12

    (Contra) Trump é uma unanimidade dos políticos nacionais

    Da direita à esquerda, políticos daqui repudiam o que pode vir a ser um futuro governo Trump

    Em meios ao debate da votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 de 2016  apelidada pelos contrários a ela de “PEC do fim do mundo” e de “PEC da esperança” pelos seus mais fervorosos defensores, este Blog entrevistou seis deputados (do DEM, do PMDB, do PSOL, do PSB, do PSDB e do PT) de vertentes à direita e à esquerda sobre o contencioso debate eleitoral que divide não só os cidadãos dos Estados Unidos da América (EUA).

    Foi perguntado aos seis parlamentares como se dará a relação Brasil-EUA. Todos mostraram temerosos da Casa Branca ser ocupada nos próximos quatros anos pelo candidato do Partido Republicano, o bilionário Donald Trump. Até mesmo o Líder dos deputados Democratas (antigo PFL ou pefelê) se posicionou assim. Veem em Trump um risco de eclosão em escala mundial. Fazem também suas reservas a candidata do Partido Democrata de lá (de tendência trabalhista e socialdemocrata), a ex-primeira-dama (quadragésima quarta da história estadunidense) Hillary Clinton.

     

    ASPAS

    “Nós estamos vendo pela primeira vez uma eleição atípica nos EUA. Com o candidato conservador que fala tudo que vem a cabeça e uma candidata que tem muita experiência na vida pública. Eu entendo que desta eleição sairá não apenas o presidente dos Estados Unidos, mas com influência também em todo o mundo. Eu entendo que teremos repercussões na América Latina, na Europa e em todo o mundo. A Hillary comete alguns deslizes e o Trump fala muito (o) que não deve.”, declarou o líder do DEM Pauderney Avelino (AM).

    “O Donald Trump é uma surpresa. Eu acho que ele não vai só surpreender a nós todos, como os próprios americanos (também). Daqui a pouco eles estarão iguais à Inglaterra com o brexit. Votam de um jeito e quando caem na real, às consequências são muito grandes.”, falou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o peemedebista Osmar Serráglio (PR) que em sua região é conhecido com “Dr. Osmar”.

    “O Brasil tem que encontrar o seu caminho. O mundo não está mais bipolar. O mundo está multipolar. E o nosso caminho é a integração da América do Sul, com os Brics (Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul), com outras áreas de situação semelhante a nossa para que a gente não fique dependente do grande capital dos países do Norte e centrais.”, comentou o parlamentar Chico Alencar (RJ) do Partido Socialismo e Liberdade.

    “As lideranças políticas dos Estados Unidos estão se esvaindo. Chegamos a uma final da disputa entre a Hillary e o Trump. Não é que a Hillary seja uma Brastemp, mas é anos luz melhor que o Trump que já demonstrou que é um desequilibrado. (...) Com relação ao relacionamento ao Brasil, eu não tenho nenhuma dúvida que a Hillary tem (terá) um canal de comunicação mais tranquilo (do) que se fosse o Trump.”, avaliou o hoje socialista Heráclito Fortes (PSB-PI), que após militar por anos no antigo PFL (hoje DEM) onde foi na década de 90 o líder (na Câmara) do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Entre 2003 a 2010 foi senador pelo extinto PFL.

    “A candidatura do Trump é o maior risco que os Estados Unidos têm em relação ao mundo. As ideias que ele defende, as ideias agressivas com relação aos imigrantes, a forma e o conteúdo que ele tem com relação as mulheres, a forma que ele defende ao não combate ao efeito estufa sem controle nenhum em relação a produção de petróleo, gás xisto, sem preocupação nenhuma com as relações internacionais é algo nunca visto na nossa história de termos um presidente que pode causar uma desorganização das relações internacionais criando um ambiente de tensão interna, racista, xenófoba extremamente perigosa. Para o mundo a vitória do Trump seria algo extremamente danoso.”, analisou o tucano Jutahy Magalhães (PSDB-BA), um dos parlamentares mais próximos do hoje ministro das Relações Exteriores, o senador também tucano licenciado de SP, José Serra.

    “O Brasil tem interesses econômicos e políticos que digamos convivem com os interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos. Nós defendemos uma dinâmica da comunidade de nações, onde a dissuasão ao invés da ocupação e da guerra seja o parâmetro entre as nações. (...) o Donald Trump defendendo a retirada do papel do Estado na economia e a Hillary defendendo que o Estado tenha um papel importante em atender principalmente as pessoas que mais precisam.”, falou o líder dos deputados petistas, o baiano Afonso Florence.

    Para assistir na íntegra as entrevistas concedidas pelos seis parlamentares do DEM, PMDB, PSOL, PSB, PSDB e PT, clique sobre os nomes deles: Pauderney Avelino, Osmar Serráglio, Heráclito Fortes, Chico Alencar, Jutahy Magalhães e Afonso Florence.


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